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29/08/2014

SONETO

Mais do que a rima sonora
Ou a métrica perfeita 
Amo o soneto que te adora
E ao meu amor por ti enfeita.

E a síntese do que sinto
Resumido em poucas linhas
Embriaga mais que o absinto
Ou o vinhos de outras vinhas

E assim, em poucas palavras,
Vou contando o que me toca
Garimpado em poucas lavras.

E só me dou por satisfeito
Se você gostar mais de mim
Do que deste verso sem jeito.
AMOR

Como um vulção a explodir feroz
Ou o voo sereno de uma ave,
Em contraste que se faz o algoz
De nossa entrega ao lenho e à trave.

Que nos tortura e nos enternece,
Que nos eleva e precipita mais
Ao inferno do que ao céu que desce
Ao alcance dos pobres mortais.

Este amor que tiraniza e mata
E ressuscita a seu bel prazer
Toda a emoção que arrebata.

Mas que dá sentido à minha vida,
Que brinca e se diverte a sofrer
Enquanto morde e assopra a ferida.

26/08/2014

SILÊNCIO
Pobre de mim com tanto a dizer
E do meu silêncio refém.
Pobre de mim a escolher
As palavras que não tem
A dimensão do meu amor
E a emoção que se encerra
No não dito cujo ardor
Em silêncio reverbera.
Então me calo e padeço,
De tanto amor frustrado
Em mim que sofro e adoeço.
E se este é o meu destino,
Que eu me guarde calado
Em meu próprio desatino.

25/08/2014

A virulência do Olavo de Carvalho é justificada. Se pensamos bem, como ele disse, todas as lideranças do país de certa forma são coniventes ou omissas com os descalabros cometidos pelos governos do PT. Parafraseando o canalha-mor Lula, nunca antes na história deste país a bandidagem oficial, os desmandos, a roubalheira, a sordidez, a infâmia e a imoralidade foram tão disseminadas. Então porque um general, um grão-mestre da maçonaria; um cardeal, um magistrado de alta corte, um empresário da mídia ou outro qualquer cidadão de alto coturno não tem a coragem de criticar com toda a veemência o caos promovido pela corja do PT? Seria medo que lhes cortassem a cabeça, a exemplo dos métodos assassinos da Jirad? Certamente, não. Vivemos em uma democracia onde inclusive os facínoras passam no máximo 10 anos na cadeira, beneficiados por progressões de pena e outras benesses de nossa lamentável justiça. Trata-se de covardia mesmo. Ou comodismo, omissão endêmica, espírito de corpo. No fundo, todos são comensais do banquete servido às nossas custas. Resta-nos espernear, assim como eu, um zé-ninguém botando a boca no trombone e pregando no deserto. Outra alternativa seria irmos para a rua para exigir a prisão e o julgamento da malta que, em todos os níveis, saqueiam o país. Mas somos um povo fraco, displicente, acomodado e negligente com os destinos da nação. Estes somos nós e este será o triste legado para nossos filhos, que herdarão um país que compromete o seu futuro com a aceitação passiva das barbaridades cometidas no presente.
Olavo de Carvalho falasobre o Brasil e as FARC + PT + Maçonaria + CNBB + Forças Armadas
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24/08/2014

TSE VIAJA PELO MUNDO COM A TROUPE DA ALEGRIA
CIRCO VOADOR - Rompendo com a rigidez e todo o cerimonial da suprema corte eleitoral, o TSE resolveu assumir que o horário eleitoral é mesmo uma pândega e organizou uma tourné mundo afora com os candidatos às próximas eleições.
Tão logo a notícia se espalhou, Presidente da corte, Dr. Hilário Arrelia, recebeu propostas da América do Norte e de vários países europeus, todos interessadíssimos nas estrepolias eleitorais dos nossos políticos. Uma gravação-demo foi ao ar nas principais TVs do velho mundo, em horário nobre, e encantou, em particular, aos alemães, ingleses, suecos e dinamarqueses. A audiência foi nas alturas e provocou ataques de riso até na circunspecta corte inglesa.
Ainda esta semana Tiririca, Treiszoitão, Ritinha Galinha, Seu Arnesto, Zé do Bode e Coice de Mula embarcam para Londres para gravar na BBC os primeiros takes do programa de Humor "Venha rir com nós".
Nos Estados Unidos, a NBC, ABC e CBS estão trocando tapas e empurrões na luta para assinar contrato de exclusividade com os comediantes brasileiros, com direito a golpes baixos, voadoras e rabos-de-arraia.
O Washington Post e o New York Times publicaram editorial comentando que a atividade política pode ser uma piada em um país sério como o Brasil e que o povo que ri de sua própria desgraça é um povo que tem muito a ensinar.
No Brasil, só para contrariar o clima de alegria, os partidos políticos querem porque querem participação nos contratos e ameaçam entrar com representação no STF, arguindo apropriação indébita e violação da lei dos direitos autorais. Liderados por Renan Calheiros, os presidentes dos partidos prometeram retaliações e ameaçaram proibir que os nobres colegas candidatos se apresentem mundo afora, caso os contratantes não reconsiderem sua posição de intransigência com o justo pleito dos partidos brasileiros. Parafraseando diálogo do filme "Tropa de Elite", o Presidente do Congresso Nacional, maroto com sempre, saiu com essa: "se vocês querem sorrir, precisam fazer a gente sorrir também". Nada como um faz-me rir para a gente chegar a um acordo".

22/08/2014

Canta, passarinho, canta,
conta tudinho pra nação.
Agora sua boca é santa,
entrega todo mundo no refrão.
O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, está...
OGLOBO.GLOBO.COM

Muita sorte a sua, Dona Maria,
que a Dilma está pedindo voto.
Aproveita e põe o riso em dia.
Trocaram o santo, mas não o devoto.
Moradora do sertão da Bahia recebeu dentes novos um dia antes de gravar imagens com a presidente Dilma Rousseff http://folha.com/no1504101

18/08/2014

Queria voltar no tempo. No meu tempo. E dividir com os de hoje um pouco de tudo que vivi. Por mais que os hoje tenham os confortos e as maravilhas da tecnologia, queria que experimentassem as emoções de minha época.
Se eu tivesse uma máquina do tempo, além da que existe dentro da minha cabeça, eu os transportaria para os anos de antigamente.
Seriam meus convidados para um baile à meia-luz no clube de uma cidade do interior. Com "orquestras", mesas forradas com lindas toalhas e arranjo de flores envolvendo um vela acessa.
Ouviriam novelas no rádio, construindo as cenas na imaginação, com mais emoção do que podem oferecer todas as TVs tela plana de não sei quantas polegadas.
Convidaria a todos para colocar as cadeiras nos passeios, por volta das 5 da tarde. E bater papo com os vizinhos, conversar fiado, falar de política e das crianças, da vida, da fé e de tudo mais um pouco.
Aos domingos, os levaria a uma sessão de cinema. Talvez tivéssemos que esperar pela sessão das 8, porque a das 6 certamente estaria lotada. Não sei se os filmes lhes agradaria, com muito romance, belas músicas, aventuras e muito tiro - mas tiro que não derramava litros de sangue. Morria-se nas guerras, mas sem as mutilações dos filmes modernos. No meu tempo não precisava de tanto realismo sádico. A morte de um soldado ou de um mocinho era uma morte como todas as outras. Mas a emoção era maior porque preservava a cara bonita do ator ou da atriz. A morte não chocava, embora houvesse clima de velório no cinema, arrancando lágrimas nas moças e nos rapazes prevenidos com seus lenços a disfarçar emoções. Assim como o beijo era um selinho suficiente para que umas e outros não dormissem naquela noite.
Dançaríamos em autênticas festas juninas, levantando muita poeira nos bailes pé-no-chão, nas ruas ou quintais das casas. Uma sanfona bem tocada era o quanto bastava para a animação noite a dentro. As quadrilhas eram caipiras e a gente não precisava de fantasia. Éramos naturalmente caipiras.
Se voltássemos um pouco mais, na infância, enturmaria todos, meninos e meninas, nas respectivas disputas de bolinha de gude, na roda de pião, nas aprumadas de papagaio, pelada ou queimada, enquanto minhas irmãs pulariam corda, pulariam amarelinha, jogariam bibloquê ou brincariam de boneca. Vocês ganhariam um ou mais cachorros e não precisariam se preocupar com eles. Os banhos eram com sabão de cozinha e a comida os restos da mesa do almoço e do jantar. Nada de lojas pets e mil produtos. 
Vocês seriam mais religiosos no meu tempo. Porque a fé era simples e talvez este seja o mistério da verdadeira fé. Acreditava-se sem questionamentos, sem teorias desta ou daquela libertação. Não havia a pretensão de se entender ou explicar o que não estava ao alcance de nossas inteligências. As procissões eram silenciosas e as orações, coerentes, eram rezadas com o coração. Olhávamos para a noite estrelada e a imensidão do cosmo nos revelava a força e a energia que havia criado naquele despropósito de grandeza. A fé, em suma, era um sexto sentido. Onipresente. Reveladora. 
Nosso país era pobre. Não haviam estradas, eletrodomésticos, computadores, I-fones, copiadoras 3D, TV, shoppings centers e outras comodidades e confortos para mascarar uma qualidade de vida péssima. Pouco nos bastava. E mesmo o povo mau remunerado e muitas vezes explorado, pelo menos tinha uma casa humilde com quintal, galinhas, hortas e um sistema público de saúde que, pasmem, funcionava através dos institutos por categoria profissional. 
Dormíamos com portas e janelas encostadas. A violência ficava restrita aos filmes bang-bang. Crimes hediondos eram raros mesmo nos grandes centros. E quando aconteciam eram material de reportagem por meses nas grandes revistas da época(O Cruzeiro e Manchete). Bandidos famosos(raros) usavam uma Colt 45 ou um 38. Havia corrupção. Sempre houve, mas comparada a praticada hoje, nivelariam nossos corruptos aos ladrões da galinha. 
O Brasil era simples, feliz, ordeiro e religioso.
Saudade do Professor Motta, no Ginário Santos Dumont. Aprendi com ele a gostar de Português, e principalmente de escrever. Suas provas eram 50% gramática e o restante REDAÇÃO. Sempre. Os temas eram "o barbante", "a corda", "amor", "constrangimento". Aprendemos a escrever na marra, ou melhor, puxando pela cabeça. Prof. Motta era uma figura: andava pela sala como se fosse um catedrático de Harvard, solene, empertigado. Falava baixo e pausado. E ainda assim nos empolgava com a sua apologia diária ao escrever bem. Obrigado, Mestre. A esta altura o senhor está no céu, é jardineiro e cultiva a Flor do Lácio nos jardins do Senhor.
FALTA DE AR
Há música no ar
quando você fala,
perfume quando se abre,
Romance quando promete.
Há ternura no ar
quando sorri.
Há calor
quando você beija,
brisa quando suspira.
Há frio
quando se cala.
Há poesia no ar

quando ti inspiro
pra não sufocar.







quando que se esvai.
O destino anda aprontando com o Brasil, para o bem e para o mal, e não é de hoje.
Para o mal, em 1640: os holandeses foram expulsos e se ganhamos com a afirmação de Portugal e com a sua boa índole, perdemos em seriedade, competência e com o pragmatismo calvinista.
Para o mal, em 1954: Getúlio dá um tiro no peito e inicia-se uma crise política que desemboca na revolução de 64. 
Para o mal, novamente, em 1985: Tancredo adoece e morre na véspera de tomar posse, sucedido por Sarney e seu governo desastrado com inflação de até 85% ao mês.
Para onde, agora, com a tragédia que vitimou Eduardo Campos, revirando a mesa do jogo político, às vésperas da eleição de outubro?
Mexendo no tabuleiro, o destino pode eleger Dilma e aí não resta dúvida que ele está mesmo a fim de sacanear o país. Se Marina se eleger, fica o temor de que ela e sua opção natureba exacerbada fique cultivando plantinhas enquanto o desenvolvimento fica refém do Ibama e dos órgãos de controle ambiental. Dá Aécio e o vaselinismo aguada a gregos e troianos, enquanto as grandes decisões nacionais ficam para depois e para depois.
E aí, como ficamos, destino?
MIRAGEM
Meus olhos mentem pra você,
Parecem calmos e simulam paz.
Fingem felizes o que não se vê
No viés de dor que está por trás.
Escondido choram lembranças
Dos meus momentos com você.
Verdes as minhas esperança,
azul e frio o teu querer.
Aparentam doce imagem,
Falso brilho transparecem
Da felicidade que não têm.
Na verdade são miragem,
Imagem que resplandecem
No deserto em que me deténs.
Não cometa este desatino.
Vá para Júpiter que é grandão.
Aqui você arrasa tudo, menino.
Lá você nem faz cosquinha não.
Será o fim? Asteroide com mais de 1 km está vindo em direção à Terra e astrônomos não sabem como desviá-lo http://r7.com/d6do
(Foto: via JornalCiencia)

16/08/2014

CÓPIA

Seja o meu modelo por um instante.
Não se mova, fique quietinha.
Preciso captar este flagrante.
Não pisca, só respire, seja boazinha.

Não sei se te quero vestida ou nua. 
Preciso resolver imediatamente.
Se vestida, te imagino nua e crua.
Se nua, perco o juízo completamente.

Fiz um investimento na tua ausência.
Comprei ainda agora uma impressora 3D,
Made in Japan, via Sedex 10 do correio.

Agora é só rezar com fé e persistência
Pedindo a Deus um sopro de você
Em tua linda vida que não veio.

13/08/2014

Cipião destruiu Cartago,
os franceses a Bastilha.
Votemos pra arrasar:
delenda Brasília.
Sangue de boi e sardinha coqueiro
Para uma bela noite de prazer.
Depois a gente corre pro banheiro 
E romance fica no hora a ver.
Boa noite, super Lua...
Não sei quem brilha mais:
você, no firmamento,
ou ela entre os mortais?
DEU VONTADE DE CURTIR DE NOVO, DE NOVO, DE NOVO....
Hoje me deparei com uma Artista de rua Brasileiro, no Centro de São Paulo que representa muito bem a música cantada e tocada, assim como vemos sempre os Americanos e Ingleses fazerem, ele se chama William Lee e emociona ao vivo.

10/08/2014

PAI
A mão forte que me amparava
não mais me guia pela vida afora.
E estrada antes reta e clara
serpenteia nebulosa agora.
Onde está o farol que iluminava
e o porto seguro que me acolhia?
Quero o mar onde eu me banhava
em um oceano de calmaria.
Com medo do escuro de viver
vou tateando a minha sorte
sempre tropeçando no sofrer.
Então te visito em minha prece
e em meus sonhos te abraço forte
antes que a ti pleno eu regresse.

08/08/2014

ETERNIDADE
Meu amor por você é uma força.
Uma avalanche branca e mortal.
Como se a minha alma desabasse
sobre si mesma partindo.
Talvez seja uma mar sem fim.
Ou um lago calmo
nas margens adormecido.
Quem sabe luz e escuridão.
O troar do trovão
e o sopro da brisa.
Quanta confusão!...
Meu amor por você
é uma alegria íntima
e uma tristeza exposta.
Pode ser saudade sem partida
ou um retorno constante.
Tudo a seu tempo perdido
e depois reencontrado.
Dentro de um tempo que se dobra
ligando início e fim.
Meu amor por você é tudo isto
e muito mais do que nem sei.
Mas vale tanto a pena
padecer e alegrar-me
nesta agonia e êxtase.
Tudo posso em você
que me fortalece.
Mesmo que a morte
colha a minha vida
levando você de mim.
Julgando que me levou
deixando você em mim.
SIMPLES ASSIM
Minha flor, meu romance.
Espera um pouco...
deixa que eu te alcance
Minha linda, querida.
Vai na frente...
ilumina a minha vida.
Minha luz, meu carinho.
Me aconchega
com jeitinho.
Minha sorte, meu destino.
Me guia...
sou menino.
Minha prenda, minha mina.
Eu te amo...
menina.
Meu ar, meu chão.
Meu calor e minha sede.
Me constrói, então.
Minha vida, meu descanso.
Espera um pouco,
meu remanso.
Eu me calo.
Apenas sinta...
apaixonado.
INSTITUTO BRASILEIRO DE ARQUEOLOGIA PROCURA INDÍCIOS DE VIDA NO CONGRESSO.
ESPLANADA DOS MISTÉRIOS - Após anos de pesquisa a procura de indícios de vida nas imediações das esplanada dos mistérios (sem sucesso), o Instituto Brasileiro de Arqueologia decidiu aprofundar suas atividades, iniciando escavações no sítio localizado sob as cúpulas do congresso nacional.
A iniciativa do IBA repercutiu na comunidade científica internacional e despertou o interesse de outras instituições, dentre elas a UNESCO e a CEA - Comunidade Européia de Arqueologia. Chefiando a delegação da ONU, confirmou presença o Prof. Dr. Fritz Fóssiles, que virá acompanhado do não menos renomado arqueólogo da CEA, Prof. Dr. Pablo K. Vieira.
A pedido dos cientistas estrangeiros, ainda esta semana seus colegas brasileiros irão demarcar os sítios, de modo a adiantar as escavações. O motivo desta urgência pode ser creditada à localização de fios curtos, aparentemente de bigodes, intrigando sobremaneira os pesquisadores, uma vez que não há registro de que os humanídeos usassem este adorno facial.
O fios serão comparados aos únicos exemplares localizados em um sítio no Maranhão, e em seguida submetidos ao teste de Carbono-14, para datação e comparação com os exemplares localizados na esplanada dos mistérios.
A produção do Globo Repórter enviou uma equipe à Brasília, sendo excluída a participação do jornalista Sérgio Chapelim que, segundo a direção da Globo, pode ser confundido com um fóssil, comprometendo as conclusões e a exatidão das pesquisas.

07/08/2014

humor

O 14-BIS pretende oferecer um cardápio sortido e variado de Humor, música, poesia e pitacos sobre assuntos diversos. Desse modo, num grande esforço para um algo mais, contratou o famoso Sommelier Ferdinand Chandon para oferecer a você, estimado leitor, um guia sobre vinhos do mundo inteiro.
De agora em diante você vai fazer bonito diante de seu par romântico, quando daquelas ocasiões especiais em restaurante ou bistrôs trés chic.
Agora você pode manusear com segurança a carta de vinhos, fazer a sua escolha e erguer a taça à altura dos olhos, analisando com propriedade a textura, não sem antes sorver o aroma, identificando a região produtora e até o tipo de solo em que a uva foi plantada.
Hoje o mestre Ferdinand vai analisar um famoso vinho francês, o Chatot Clulét, safra 1982.
" Este vinho é um dos meus prediletos. Frutado, com leve toque de tanino, o Chatot Chulét preserva a acidez típica das uvas de Provence, de modo a harmonizar-se com pratos quentes, sem entretanto deixar de combinar muito bem com saladas e antepastos.
As uvas Chardonais garantem esta versatilidade, combinando perfeitamente entradas e pratos principais, uma vez que são produzidas em clima frio e em solo com dosagem perfeita de acidez.
Tenho certeza que o Chatot Chulét vai agradar ao seu paladar sofisticado. Poucos vinhos equilibram tão bem aroma, corpo e os tons frutados e florais.
Outra vantagem do Chatot Clulét é o preço módico, variando entre 1000 e 1500 reais.
Bom apetit e prazeirosa degustação".

06/08/2014

ILUSÃO
Tanto de mim te dei, oferecido,
Que pouco resta entregar-me.
E se agora estou perdido
Venha ao menos resgatar-me.
Ainda há tempo. Me ajude.
Me dê a tua mão, tem pena.
Minta, finge, engana, ilude,
E acredito que valeu a pena.
Preciso crer que há vida
Após a morte consumada.
E se me resta uma esperança
Seja esta então a guarida
De minha procura obstinada
Por tudo que nunca alcança.

05/08/2014

REINICIANDO

Vou desligar o mundo
E depois me reiniciar.
Fazer um backup profundo
E tudo rememorar.
Upgrade na saudade,
Preciso me atualizar
Antes que a minha idade
Me impeça de lembrar

Que formatei meu carinho
E digitei muito afeto
Sem medo de travar.

Repaginado e bonzinho
Debaixo do mesmo teto
Nunca mais vou raquear.
HORÓSCOPO PARA AGOSTO
Prof. Astrolábio.
Queridos consulentes, agosto chegou e com ele não é bom brincar. Pelo sim pelo não, comecem a usar suas figas, ferraduras, galhos de arruda e outros amuletos corta-zica e mau agouro.
O alinhamento de Urano com Plutão, exatamente do quadrante de Marte, prenuncia tempos de tormenta e apurrinhações no varejo e no atacado.
Neste período, passem longe de financeiras, bancos e outras instituições de endividamento e insolvência. Se for inevitável pegar uns caraminguás, tenham em mente a possibilidade de uma moratória. Façam com a Argentina que deve, não nega, e não paga, quando puder.
Outra opção, se tiver a sorte de ser amigo de um cumpanhero do PT, é fazer um saque a fundo perdido na Petrobras, Caixa Econômica ou no Banco do Brasil.
No amor toda cautela é pouca. Prefiram "ficar". Nada de compromisso sério, noivados e casamentos. Os relacionamentos iniciados em agosto normalmente têm a durabilidade dos viadutos de Belo Horizonte.
Se você tiver a veia de empreendedor, francamente nada de franquias. A única exceção seria montar um restaurante A QUILO na Argentina, em una calle florida o desmilinguida, puerta de manufaturas o estádio de futebol. Ellos estan em la mierda, entonces, despues de la copa del mundo, quierem solamente comer mucho e pagar poco.
No mais, toque a vida em frente. Setembro não tarda e com ele tudo de bom para quase todos. Um raro posicionamento de Vênus, Mercúrio, Netuno e Plutão, cada um no seu quadrado, convergirão energias altamente benéficas para os nascidos em Áries, Touro e Sagitário.
Número: 8
Pedra: ametista
Cor: Branco
Homenagem aos que ousam amores proibidos, mas ainda assim amores.

Quando estendi minhas mãos para as tuas
e o meu olhar se encantou com o teu
minha alma não buscava nexo,
muito menos o teu sexo
que em mim se perdeu.
Quando o teu corpo tocou o meu
e o teu hálito perfumou a minha boca
meu coração rendido se deu.
Alguma coisa então maldita
redimiu o proibido
e encantou a libido
que anoiteceu.
Ocupa então o meu espaço,
preenche todo o meu ser.
Seja bem-vindo em minha vida,
em minha cama e em meu prazer.
Porque nada ainda foi dito
negado ou restrito
por quem de amar se deu.
Repousa em mim o teu cansaço.
Eu te acolho em meu abraço,
te guardo do frio e da chuva,
acendo o meu fogo e te aqueço
sem pecado, culpa ou razão.

Em ti eu me depuro
e como um anjo caído
ascendo ao sétimo céu.
E nas hostes dos aflitos
vou gritar o meu grito
e a minha revelação.
Então nos daremos tanto
quanto pode todo o encanto
a poesia ou o pranto
que nunca se rendeu.
Edir Macedo começou com "templos" iguaizinhos aos da rua que faz esquina com a minha, em Belo Horizonte. O primeiro foi consagrado em uma lojinha ao lado da passarela que liga meu bairro ao centro. O segundo templo, na mesma rua, um pouco mais acima, em um galpão antes usado como lava jato. As "igrejas" vão muito bem, obrigado. Enquanto o primeiro "pastor" ampliou o seu negócio, agora instalado em sede própria com mais ou menos 500 m2, o segundo, com mais tino comercial, ergueu a "sua" casa de Deus com o dobro da área do templo vizinho. Desnecessário dizer que ambos, sem eira nem beira, um belo dia ordenaram-se "Bispos" sem um dia de seminário e sem ao menos calçarem as sandálias da humildade para se auto-ordenarem padres.
O negócio "Fé" hoje é de longe o Business mais bem sucedido no Brasil. Não pagam impostos e tem seguidores mais fanáticos do que os de clubes de futebol. Estes compram com o coração e fazem suas aquisições emocionais sem pestanejar - sejam camisas, bonés ou quinquilharias licenciadas pelo clube, enquanto os fiéis, a peso de ouro, garantem um lugarzinho no céu, recebem indulgências por seus pecados cabeludos ou são remidos por pecadilhos veniais através de generosos dízimos.
Neste contexto, Edir macedo é um caso à parte. Trata-se de um gênio na arte da enganação e do engodo. Sua oratória deixa Cícero no chinelo, se levarmos em conta o seu poder de convencimento. Muitos se recordam da reportagem do Jornal Nacional há uns 15 ou 20 anos atrás. Nesta matéria, Edir Macedo e alguns de seus bispos, exibiam SACOS de dólares e zombavam dos féis otários que lhes proporcionavam aquela riqueza. A repercussão foi enorme e quando se pensou que o escândalo abalaria os alicerces da Igreja Universal, não é que o Edir Macedo convenceu seus seguidores que tudo não passava de armação da Rede Globo, incomodada com o crescimento dos negócios do bispo? Segundo Edir, a Globo era instrumento do diabo e o intuito deste era eliminar sua igreja disposta na linha de frente para combater o nefasto.
A praga das igrejas universais, pentecostais e outras está no nosso dia a dia, dilapidando economias suadas de gente humilde e crédula. Pessoas do povo desiludidas com governos e instituições que lhes prometem o céu e lhes entrega o inferno do ensino decadente, da insegurança pública, da saúde indigente e outras tantas mazelas decorrentes do abandono do cidadão entregue à má sorte de ser brasileiro. Neste terreno insalubre e pantanoso prosperam os mercadores da fé e suas promessas do paraíso. Mas o paraíso tem um preço a ser pago através das "doações" que permitem a obra dos abnegados bispos e pastores do reino de Deus em sua luta cotidiana contra belzebu.
Nesta folha corrida de crimes consta um contra a minha família, vítima de estelionato engendrado pela igreja do Sr. Edir Macedo. Por volta de 1998, minha tia-avó Ceres Garbero, doente e solitária, deixou-se seduzir pelo canto da sereia e ingressou na Igreja Universal. Pouco tempo depois sacou TODO o dinheiro de sua poupança (80 mil reais) e fez a sua doação para uma determinada obra da igreja. Tia Ceres morreu e a sua doação certamente é um dos tijolinhos no templo faraônico do bispo Edir e seus sequazes.
A 171 S/A tem agora uma matriz e a julgar pelo seu porte é de se esperar arrecadação proporcional. Para o gran-finale desta triste comédia de enganos não poderia faltar o aplauso e a conivência dos poderosos, representados no evento pela nata do poder, através da Excelentíssima Presidente da República, seu vice, o governador e o prefeito de São Paulo.
Diante desta aparição pública ao lado dos próceres da organização criminosa travestida de igreja, deparo-me com a minha indignação sem adjetivos capazes de dimensionar o meu nojo e revolta. Onde há dinheiro (MUITO) existe a certeza de troca de favores. O governo faz vista grossa para os desmandos da igreja universal. A igreja do Edir vota em peso com o governo. E assim caminha a humanidade e o secular de braços dados com o poder eclesial, qualquer que seja a sua origem ou orientação. Sirva a Deus ou ao diabo.
ALQUIMIA
Hoje, mexendo em meus guardados,
Encontrei uma foto antiga de você.
Veio a saudade e entre os achados
Todos os perdidos dias de viver.           
Um rosto desbotado pelo tempo.
Pura inveja e rancor descolorindo
O rosto lindo e o mais doce alento
Que guardo para ir seguindo.
Guardo a foto e fecho a pasta.
No escuro fundo da gaveta
Repousa o meu tesouro.
Quase nada e é o quanto basta
Pra que ao passado eu me remeta
E alquimista transforme tudo em ouro.