Filhos são dádivas. Filhas, idem. As meninas são mais bonitas, óbvio, e já nos primeiros aninho se destacam, fofas, com aqueles vestidinhos curtos, cheios de fitas, cores e babados, fralda aparecendo; chucas, lacinhos, fitas no cabelo. Enfim, as meninas tiram os pimpolhos de letra.
Mas um homem precisa de um moleque de short e camiseta para completar a prole. Precisa de um varão para dar continuidade ao nome da família (coisa meio machista e por ser coisa de macho as mulheres não precisam entender).
Ah, mas soa medieval, clã escocês, etc e tal! Soa mesmo, mas é assim que a nossa banda toca. Desejamos que o nosso nome de família seja mantido através nos anos, séculos, até o dia que a nossa linhagem desapareça no fim dos tempos.
Com as meninas a coisa é diferente e o seu sobrenome pode ser substituído pelo sobrenome do varão que veio de fora, o tal do genro.
Se o dito cujo for de boa linhagem, vá lá. Caso contrário, o José Ruela Mequetrefe de Tal vai colar sua laia ao nomes de nossos netos. E o seu Carvalho, Correa, Silva, Oliveira vão pra cucuia.
Toda esta volta pra dizer que tenho duas filhas e um varão, Adriano, que hoje completa 39 anos.
Aos 9 dias do mês de outubro do ano da Graça de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil novecentos e oitenta e dois, O Próprio agraciou-me com o meu ADRIANO JALES CARVALHO.
O moleque foi crescendo, virou menino, adolescente, homem e em todo este trajeto só fez orgulhar-me.
Meu filho é um homem na expressão da palavra. Todos os valores que passei para ele, o danado sublimou e hoje, cheio de orgulho e gratidão a Deus Pai, meu garoto é um homem honrado, solidário, leal, amoroso, comprometido com a sua empresa e com os colegas.
Dizem que o meu moleque tem uma grande capacidade de relacionamento, e, do diretor ao faxineiro, a todos trata com o devido respeito e consideração.
Quanto a mim, meu Adriano, que mora em Paraty, todos os dias bate um fio pra saber se a tia véia (eu) está passando bem, se preciso de alguma ou para dar o serviço das peraltices de minha neta mega, super, hiper, fofa, a Manuela - Manu para os íntimos, familiares e galera em geral.
Toda este carinho e atenção o meu Adriano tem com todos, mãe e irmãs e se derrama em consideração com todos que fazem parte de sua vida e convívio.
Então, sem mais delongas, PARABÉNS, filho amado. Seu velho pai não cabe em si de orgulho por você ser o filho que é.
Fosse a minha vida mais espinhosa, mas muito espinhosa mesmo, o fato de ser seu pai compensaria todas as tribulações
e eu estaria no lucro, recebendo muito mais do que mereço.
Peço a Deus que o cubra de bençãos e que a Mãe Compadecida o mantenha sob o Seu manto de luz.
Tenha, filho querido, um dia de alegrias plenas ao lado de sua mulher, outra filha que tenho, e de nossa Manu fofa como só ela. Estava me esquecendo (tadim) do João, meu neto, bendito fruto entre minhas 5 netas.
Um beijo e um abraço meu como se fosse o de sua mãe - a quem nunca vou superar em aconchego. Em tempo, a ela, minha Maria, minha frustração por não poder retribuir à altura por ter gerado você, cachito mio, pedazo de cielo que Dios me dio.
Ps: Esta babação de ovo, "tipo assim" carta aberta, foi de propósito. Quero dividir com os amigos a alegria por ser seu pai.
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