SEM SAÍDA
De que me adianta sempre fugir
De tudo que à minha vida atormenta?
Mais adiante é misterioso porvir
E do passado nada se sustenta.
O humor da sorte é sempre incerto
E a arma pode até não disparar.
Giro o tambor sem saber ao certo
Em que momento a morte vai detonar.
Melhor fechar os olhos e botar a venda;
Dormir um pouco, roubando do tempo
Umas poucas horas que não vi passar.
Pode ser que em sua indiferente agenda
Ele não anote mais nenhum tormento
Com data em vermelho a me circular.
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