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06/10/2020

 ANO NOVO

Ano quem há de ser um riacho caipira

Que eu atravesse sempre dando pé.

Água de batismo onde eu readquira

A pureza de minha antiga e boa fé.


Vou querer às vezes parar um pouco

E me assentar à margem dos problemas.

Quem sabe confrontar o tempo mouco

Com o sonoro lamento dos meus dilemas.


Ano que vem vou plantar alegorias

Ou pelo menos colher as que plantei

Pra decorar a minha insipiente vida.


Se viver é apenas destacar os dias

Em um calendário que eu não criei,

Um dia ao menos com feriado coincida.

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