FALIDO
Cercado por códigos de barras
Em boletos sempre à minha caça,
Tentei fugir, mas eram fortes as amarras
Que me atrelaram a juros e ameaças.
O gerente não mais me sorri;
Me evita como a um leproso;
Se me olha, é de soslaio e me antevi
Um mero correntista asqueroso.
Me serve de alívio que o banqueiro
Não mais me devora com as tarifas
Embutidas em contratos de letrinhas.
Me acudam com algum dinheiro,
Vós que sois potentados e califas,
Deus lhes pague com as minhas moedinhas.
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