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10/12/2017

MAR

Amar é mar em mim.
Às vezes calmaria,
tempestades sem fim,
Sempre à minha revelia.

Sou nau pequenina,
Uma casquinha de noz
Que o vagalhão vaticina
Onda após onda atroz.

Na gávea vigio o horizonte
E até onde a vista alcança
Procuro a enseada segura.

Uma ave ali defronte
E a renovada esperança
No teu porto de ventura.

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