PENSANDO ALTO
Somos capazes de compor sinfonias que emocionam os anjos.
Somos poetas, escritores, artistas. Compreendemos a beleza da criação e a traduzimos através de textos, poemas e de outras inúmeras manifestações artísticas. Somos capazes de gestos e ações que nos eleva o espírito.
Somos capazes de heroísmos extremos e de expomos nossas vidas como se elas não fossem frágeis e únicas. Somos capazes de praticar o bem sem nenhuma esperança de recompensa ou reconhecimento.
Somos capazes de tantas virtudes excelsas e no entanto descemos às profundezas da ignomínia.
Esta terrível dualidade não há de ser inerente ao ser humano.
Esta dicotomia me assusta. A pureza de uma criança e a iniquidade de um tirano parecem fazer parte de nossa natureza contraditória. É como se o nosso DNA tivesse um componente criado à revelia da energia suprema que deu origem a tudo e a todos.
Há de haver um explicação para estes extremos. Precisamos encontrar um resposta para a coexistência da espiritualidade com o obscurantismo.
Enquanto este dia não chega, vou vivendo a minha vida contemplando a a pequena amostra do universo em uma noite estrelada. E me perguntando o porquê deste cenário incomensurável diante da nossa insignificância.
Imagino o homem primitivo ao mesmo tempo apavorado e extasiado diante de raios e trovões. O raio certamente era deus se manifestando e o trovão a sua voz irada.
Fomos sofisticando o nosso entendimento das forças superiores e dela nos servindo para nos redimir de culpas e remorsos. Este entendimento bisonho prevaleceu até a era das luzes e após a religião virou empresa bem sucedida no comércio de indulgências e de lugares cativos no paraíso. Mas isto não vem ao caso. Importa é que cremos no que não vemos. Talvez por isso sejamos invejados por seres superiores nas incontáveis moradas do Pai. Nosso atraso espiritual nos puxa para baixo e no entanto olhamos para o alto e intuímos a divindade.
Esta incongruência nos eleva e nos distingue. Habitarmos um mundo primitivo, somos primitivos e vislumbramos a eternidade.
Somos o esterco onde viceja a flor. Somos alicerce frágil e sobre ele edificamos catedrais. Somos pólos conflitantes.
Estamos a 15 bilhões de anos-luz das fronteiras do universo conhecido. Parece que somos raros entre as criaturas distribuídas nesta enormidade. Somos o que absurdamente somos e talvez justamente por isso Ele nos perdoe e nos ama.
Somos poetas, escritores, artistas. Compreendemos a beleza da criação e a traduzimos através de textos, poemas e de outras inúmeras manifestações artísticas. Somos capazes de gestos e ações que nos eleva o espírito.
Somos capazes de heroísmos extremos e de expomos nossas vidas como se elas não fossem frágeis e únicas. Somos capazes de praticar o bem sem nenhuma esperança de recompensa ou reconhecimento.
Somos capazes de tantas virtudes excelsas e no entanto descemos às profundezas da ignomínia.
Esta terrível dualidade não há de ser inerente ao ser humano.
Esta dicotomia me assusta. A pureza de uma criança e a iniquidade de um tirano parecem fazer parte de nossa natureza contraditória. É como se o nosso DNA tivesse um componente criado à revelia da energia suprema que deu origem a tudo e a todos.
Há de haver um explicação para estes extremos. Precisamos encontrar um resposta para a coexistência da espiritualidade com o obscurantismo.
Enquanto este dia não chega, vou vivendo a minha vida contemplando a a pequena amostra do universo em uma noite estrelada. E me perguntando o porquê deste cenário incomensurável diante da nossa insignificância.
Imagino o homem primitivo ao mesmo tempo apavorado e extasiado diante de raios e trovões. O raio certamente era deus se manifestando e o trovão a sua voz irada.
Fomos sofisticando o nosso entendimento das forças superiores e dela nos servindo para nos redimir de culpas e remorsos. Este entendimento bisonho prevaleceu até a era das luzes e após a religião virou empresa bem sucedida no comércio de indulgências e de lugares cativos no paraíso. Mas isto não vem ao caso. Importa é que cremos no que não vemos. Talvez por isso sejamos invejados por seres superiores nas incontáveis moradas do Pai. Nosso atraso espiritual nos puxa para baixo e no entanto olhamos para o alto e intuímos a divindade.
Esta incongruência nos eleva e nos distingue. Habitarmos um mundo primitivo, somos primitivos e vislumbramos a eternidade.
Somos o esterco onde viceja a flor. Somos alicerce frágil e sobre ele edificamos catedrais. Somos pólos conflitantes.
Estamos a 15 bilhões de anos-luz das fronteiras do universo conhecido. Parece que somos raros entre as criaturas distribuídas nesta enormidade. Somos o que absurdamente somos e talvez justamente por isso Ele nos perdoe e nos ama.
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