PROFANA
Bela e profana deusa estendida;
Carne sedenta de promessas e delírios.
Negra relva se entrelaça umedecida
Acolhe o gozo, sortilégios e martírios.
Sobre o teu colo repouso meu cansaço...
Que me abrace os teus braços de desejo.
Deixa-me ficar retido em teu regaço
Refém do teu silêncio e do teu beijo.
Como é breve e triste este momento...
Eternidade efêmera e inconstante
Gosto de mel e de lamento.
Não há como fugir, bem eu sei e aceito.
Quanto mais eu fujo, mais e mais me rendo.
E volto e peço e imploro o teu leito.
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