MINAS
Sou de Minas.
Sou das Gerais.
Sou desse jeito
e me dou
por satisfeito
porque de
outro jeito
não sei ser mais.
Sou calado
e das montanhas
que me contém
por demais.
Sou mineiro
desconfiado,
caipira
que anda pra frente
olhando pra traz.
Sou gado de leite,
fui gado de corte,
não sou mais.
Fogão de lenha,
dois dedos de prosa,
braseiro,
cachaça,
e papo
gerais.
Sou pirraça,
muxoxo
e o silêncio
me guarda
por demais.
Sou assim...
Sou fé,
sou crente,
sou gente
de missa,
de terço
e apreço
eventuais.
Sou anoiteço,
auroras,
começos,
floradas
na serra
e nos quintais.
E desse jeito
maturo,
esperto,
vivendo,
cismado
me fecho
em copas;
sou ás
escondido
no baralho
da sorte.
Sou morte
e campo santo
no alto do morro
onde me morro
de saudade
imemoriais.
Sou assim...
Sou serra,
sou cerro,
sou cenho
severo,
fechado
demais.
O rio da vida
passa por Minas
e não volta mais.
Sou das Gerais.
Sou desse jeito
e me dou
por satisfeito
porque de
outro jeito
não sei ser mais.
Sou calado
e das montanhas
que me contém
por demais.
Sou mineiro
desconfiado,
caipira
que anda pra frente
olhando pra traz.
Sou gado de leite,
fui gado de corte,
não sou mais.
Fogão de lenha,
dois dedos de prosa,
braseiro,
cachaça,
e papo
gerais.
Sou pirraça,
muxoxo
e o silêncio
me guarda
por demais.
Sou assim...
Sou fé,
sou crente,
sou gente
de missa,
de terço
e apreço
eventuais.
Sou anoiteço,
auroras,
começos,
floradas
na serra
e nos quintais.
E desse jeito
maturo,
esperto,
vivendo,
cismado
me fecho
em copas;
sou ás
escondido
no baralho
da sorte.
Sou morte
e campo santo
no alto do morro
onde me morro
de saudade
imemoriais.
Sou assim...
Sou serra,
sou cerro,
sou cenho
severo,
fechado
demais.
O rio da vida
passa por Minas
e não volta mais.
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