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01/11/2018

ESCRAVO
Nos porões desta amor degradante
Cruzei todos os mares da loucura,
Até o cais onde aportei ofegante
Cativo do jugo que me transfigura.


Escravo de vossa beleza, senhora,
Arrasto os grilhões e o meu lamento
Sem saber ao certo a que hora
vais me punir com o livramento.

Em vossas mãos a lança que me fere
E me exangue sem piedade até a morte
que não pôs fim ao meu desatino.

Por mais que eu me exaspere
Não posso mudar à minha sorte
Que lavrei e desenganado assino.

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