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20/01/2018

TEMPO
Tempo que vinca a minha face,
Mas em vão à minha alma
Que se maquia em disfarce
Ante o espelho que acalma.
Esculpe a minha decadência
Com a paciência da erosão.
Tenha ao menos a decência
De conceder-me a ilusão
Que em minha breve jornada
Eu tenha a certeza que existo
Por um segundo ou fração.
Cativo em tua mão bem fechada
Por entre os teus dedos resisto
Fugindo para uma outra prisão.

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