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03/07/2017

Reeditando

TRAVESSIA

Das pedras mostrem-me o caminho
Alguém que entenda de perigo.
Tenho medo e por andar sozinho
Vivo me afogando neste rio antigo.
Viver é por demais perigoso.
Se eu pudesse retrocederia,
Parava o relógio desditoso
E o tempo não me atravessaria.
Não tem jeito e sem remédio
Dou a mão a um anjo indiferente,
Nada a ver com o antigo tão zeloso.
Vejo o outro lado e o tédio
me encoraja a ir em frente,
Agora companheiro primoroso.

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