PITACO TÓXICO
A história das sacanagens das indústrias contra operários e consumidores já tem 3 séculos de história.
Tudo começou na Inglaterra, na primeira revolução industrial, em meados do século XVIII.
O mundo então essencialmente agrícola se encantou com os prodígios realizados pelas primeiras máquinas e pelas facilidades que elas proporcionaram. A demanda explodiu e junto com ela a ganância dos primeiros empresários. Seus lucros mirabolantes eram garantidos por operários pagos com ninharias. Os produtos não tinham controle de qualidade e os consumidores não passavam de cobaias.
Citando dois exemplos mais recentes e famosos, a resistência e as manobras abomináveis das petroleiras contra os cientistas que alertaram (anos 50) para o perigo que a adição de chumbo na gasolina representava para a saúde pública americana.
Nos anos 60, o advogado Ralf Nader chamou a Ford às falas após a morte de centenas de americanos vitimados pela explosão do modelo Ford Pinto. Nem aí, a Ford continuou a produzir o modelo que explodia quando abalroado por trás. O tanque de gasolina do modelo ficava muito próximo do para-choque provocando acidentes fatais. A justiça americana enfim agiu, enquadrando a montadora nos conformes da lei e o Pinto brochou.
Como o Brasil está longe de ser um país sério, imagino que os empresários, da mesma forma, também não são muito chegados à ética, à honestidade ou à prática de boas condutas comerciais.
Alguém duvida que são gananciosos e, digamos, propensos a auferir lucros fáceis?
Mas foram ocorrências pontuais - dirão eles. Pode até ser, mas se a PF não descobre a sacanagem, quem garante que a prática adstrita a um ou outro frigorífico não se alastraria feito praga de norte a sul, leste a oeste?
Mas foram poucos os fiscais do Ministério da Saúde que se corromperam - dirão os chefões do MS. Pode até ser, mas quem me garante que se a PF não cortasse o barato da turma de carimbadores do selo SIF a farra das carimbadas não continuaria nos departamentos, superintendências e diretorias?
Tomara que eu não tenha consumido carnes batizadas com papelão, salsichas de cabeça de porco ou carne moída temperada com ácido ascórbico.
Com até hoje não fiquei verde, acho que sobrevivi.
Tudo começou na Inglaterra, na primeira revolução industrial, em meados do século XVIII.
O mundo então essencialmente agrícola se encantou com os prodígios realizados pelas primeiras máquinas e pelas facilidades que elas proporcionaram. A demanda explodiu e junto com ela a ganância dos primeiros empresários. Seus lucros mirabolantes eram garantidos por operários pagos com ninharias. Os produtos não tinham controle de qualidade e os consumidores não passavam de cobaias.
Citando dois exemplos mais recentes e famosos, a resistência e as manobras abomináveis das petroleiras contra os cientistas que alertaram (anos 50) para o perigo que a adição de chumbo na gasolina representava para a saúde pública americana.
Nos anos 60, o advogado Ralf Nader chamou a Ford às falas após a morte de centenas de americanos vitimados pela explosão do modelo Ford Pinto. Nem aí, a Ford continuou a produzir o modelo que explodia quando abalroado por trás. O tanque de gasolina do modelo ficava muito próximo do para-choque provocando acidentes fatais. A justiça americana enfim agiu, enquadrando a montadora nos conformes da lei e o Pinto brochou.
Como o Brasil está longe de ser um país sério, imagino que os empresários, da mesma forma, também não são muito chegados à ética, à honestidade ou à prática de boas condutas comerciais.
Alguém duvida que são gananciosos e, digamos, propensos a auferir lucros fáceis?
Mas foram ocorrências pontuais - dirão eles. Pode até ser, mas se a PF não descobre a sacanagem, quem garante que a prática adstrita a um ou outro frigorífico não se alastraria feito praga de norte a sul, leste a oeste?
Mas foram poucos os fiscais do Ministério da Saúde que se corromperam - dirão os chefões do MS. Pode até ser, mas quem me garante que se a PF não cortasse o barato da turma de carimbadores do selo SIF a farra das carimbadas não continuaria nos departamentos, superintendências e diretorias?
Tomara que eu não tenha consumido carnes batizadas com papelão, salsichas de cabeça de porco ou carne moída temperada com ácido ascórbico.
Com até hoje não fiquei verde, acho que sobrevivi.
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