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27/03/2017

FARDO
A vida pesa em meus ombros,
Como um fardo sobre o Atlas poderoso,
Arqueado diante dos assombros
E de um ou outro olhar mais piedoso.
Viver é pois peso sem fim,
Como a cruz fadada ao calvário
Percorre as vielas onde enfim
Agonizo sem um gesto solidário.
Há de haver ao término do destino
Quem me alivie do cansaço atado à mó
Onde rumino dor e desatino.
No olimpo, no valhala ou no céu
Rogo a um deus que tenha dó,
Ainda que eu persista ser incréu.

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