LIVRE
O sol recolheu-se ao fim do dia
E o ciclo se renova no poente.
A liberdade, ainda que tardia,
Raiou em mim completamente.
Rompi o laço, serrei a corrente.
Cortei o nó cego preso em você.
Toda a alegria em mim presente
Transborda riso fácil e sem porquê.
Rasquei a minha carta de alforria.
Nova senhora há de me comprar
E de novo atar-me em servidão.
Mas não me importo, quem diria!...
E novamente me deixo escravizar
Por sinhá-moça dona do meu coração.
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