ÁTIMO
Um ponto azul flutua a esmo
No breu de uma noite eterna.
Vão lampejo que de si mesmo
compadece e se consterna.
Onde viceja a flor e o espinho,
O amor e o ódio cego e visceral
Indeciso entre os dois caminhos,
Na encruzilhada entre o bem e o mal.
O vazio regurgita estrelas colorindo o céu.
Reluzem joias na tiara deslumbrante
Compondo a noite um reverente véu.
Eu aqui sozinho, debruçado na janela,
Vivo o meu segundo alucinante
À luz do dia apenas uma vela.
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