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24/04/2020

Enfim Bolsonaro conseguiu perder o meu voto e, com certeza os de milhões de brasileiros.
Sua descida ladeira abaixo teve início depois de vários pronunciamentos e atitudes destrambelhadas fruto de sua incontrolável verborragia e intempestividade.
Após, a demissão do excelente Ministro da Saúde que caiu na asneira de fazer sombra a Bolsonaro. Manetta enfrentou a crise do covid-19 com extrema competência, obtendo êxito
com suas ações e providências.
Além das qualidades citadas, Mandetta comunicava-se com clareza, tranquiliza a população em suas coletivas ou comunicados pontuais.
Coroando seu destempero e ambições inconfessas, agora Bolsonaro superou-se demitindo Maurício Valeixo, Diretor-Geral da Polícia Federal.
Não consta que Maurício Valeixo tenha tido mal desempenho à frente da PF.
No Diário Oficial consta que ele, Maurício, pediu seu boné. Ou seja, Bolsonaro mentiu, deixando Sérgio Moro indignado. Indignado, sim, porque aceitou comandar a pasta desde que tivesse carta branca para nomear assessores de sua confiança.
Bolsonaro concordou, assinou embaixo e Moro topou a empreitada.
Pelo visto a palavra e os comprometimentos de Bolsanaro equivalem ao "la garantia soy yo" - frase popularizada por um vidente 171.
Votei em Bolsonaro e o defendi com a minha modesta pena. Exaltei a sua honestidade (que permanece), sua atuação firme contra a velha política, entre outras qualidades.
Votei... MAS NÃO MAIS.
Sérgio Moro, se bem o conhecemos, vai pedir o seu boné, limpar as gavetas e sair sem olhar para trás.
Como é sabido, Moro não tem pretensões políticas? O que houve? O que aconteceu? Moro fez algo errado? Duvideódó.
Dias atrás Ernesto Araújo, nosso Chanceler meia boda, diplomata inexpressivo, escreveu um artigo alegando que a China, nosso maior parceiro comercial, tinha usado o covid-19 para globalizar o comunismo.
Rematada besteira que, por sorte, não despertou a ira dos chineses.
Esperava-se que Bolsonaro mascasse abelhas, cuspisse marimbondos e desse um pé na bunda de Ernesto Araújo.
Mas nada aconteceu e o nosso "Chanceler" continua sentadinho na cadeira antes ocupada por embaixadores que serviram nas principais capitais do primeiro mundo.
Se eu fosse um bolsonomineon adestrado e trabalhado no fanatismo (tipo petistas de carteirinha) diria que estou com Bolsonaro e não abro.
Com não tenho queda para negar o óbvio, encasquetar que o Brasil está errado e Bolsonaro é o cara, em 2002 votarei contra o capitão.
Só falta um detalhe para que Bolsonaro jogar a pá de cal na sua candidatura em 22: implicar com competente Paulo Guedes, defenestrá-lo, colocando um 4 estrelas gerindo a economia.
Já observamos uma prévia deste possibilidade: foi anunciado um plano que ainda está na gaveta para gerir a economia no pós-covid. IMPORTANTE frisar que Paulo Guedes não estava presente na apresentação do tal plano.
Será que Paulo Guedes já está na alça de mira de Bolsonaro?
Daqui a pouco (11 horas) Moro vai dar uma coletiva e tudo leva a crer que vai pedir para sair.
Se Moro botar a boca no trombone (com a classe de sempre), o Brasil vai perder uma de suas referência em integridade moral, conduta exemplar, modéstia e competência.

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