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16/10/2018

PROFANA
Bela e profana deusa estendida,
Carne sedenta de promessas e delírios.
Negra relva se entrelaça umedecida
Plena de gozo, sortilégios e martírios.
Sobre o teu colo repouso o meu cansaço.
Que me abrace os teus braços de desejo,
Quero ficar retido em teu regaço
Refém do teu silêncio e do teu beijo.
Como é breve e vão este momento
Que se esvai fugaz me prometendo
O céu e o fel ao mesmo tempo.
Não há como fugir, bem sei e aceito;
Por mais que eu lute sempre me rendo
E volto e peço e imploro o teu leito.

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