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15/05/2018

NAVEGANTE
Cansei... o teu repúdio venceu.
Vou sair pelo mundo, viajar a esmo:
Sem bagagem, fé, credo, ateu,
Incrédulo até comigo mesmo.
Por mares sem portos e abrigo,
Indiferente à sorte, ao rumo, à deriva
Embarquei a morte e em perigo
minha vida de nada se esquiva.
Do alto da vigia nada além do mar.
Nenhum galho, ave ou visão da costa,
Só o plano e pleno vazio de oceanos.
Então é contar as horas, os dias - rezar
Arrependido a prece sem resposta
Dos deuses indiferentes aos enganos.

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