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07/03/2018

SONETINHO PROFÉTICO
A porta da cela rangeu,
Escancarou-se de lado a lado.
No fim do corredor apareceu
Um vulto de laranja trajado
Dizia coisas desconexas
Em português chinfrim.
Ao lado, em celas anexas,
Bandidos, amigos e afins.
Alta madrugada um lamento
Pelo pavilhão 13 ecoou
Feito o zurro de um jumento
Engasgado com o feno
Que a sua quadrilha deixou
Queimando o arquivo com veneno.

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