OS CAUSOS DE JOAQUIM MEU SOGRO
Meu sogro perdeu dois filhos entre o primeiro e o quarto: Antônio e Faustino. Antônio morreu de crupe aos 11 meses. Faustino morreu, também de crupe, com 2 anos e poucos meses. Restaram então José, o filho mais velho, e Ana Maria.
Pouco tempo depois da morte de Faustino, José foi acometido da mesma doença. O menino piorava a olhos vistos e uma noite, quase sem respirar, fez com que meu sogro fosse correndo até a casa do único médico da cidade, Dr. Kovac, clínico geral polaco. Este médico, homem muito alto e avermelhado, era muito respeitado em Guaraciaba e região. Extremamente competente, cordato e humilde, Dr. Kovak atendeu de pronto a meu sogro e, altas horas, foi ver José e lhe disse que o menino tinha poucas horas de vida. Dr. Kovak, para esperança de meu sogro, disse-lhe que fosse urgente à farmácia local e pegasse com o farmacêutico DUAS ampolas de um determinado soro de 500 ml. Concluiu dizendo que pegasse o remédio enquanto ele iria direto para casa de Joaquim para tentar amenizar o sofrimento do menino.
Noite fria, chuvosa.
Meu sogro foi ventando para a farmácia, acordou o farmacêutico e pediu as ampolas. Por sorte, muita sorte, restava uma de 500 ml. Joaquim correu para a sua casa. Dr. Kovak lhe disse que talvez a dosagem salvasse o menino e instruiu para que meu sogro voltasse à farmácia para pedir ao farmacêutico que revirasse o estabelecimento à procura de mais uma ampola do soro. Era a última mesmo. Meu sogro pegou a ampola de 500 ml, enrolou-a em sua camisa e encostou-a contra o peito como se o remédio fosse nitroglicerina prestes a explodir, sensível a qualquer movimento. Chorando e rezando, par a passo chegou em sua casa. Dr. Kovak aplicou o soro na barriga de José. Não passaram 3 horas e o José voltou à vida, vomitou uma gosma fétida e sorriu para o pai nos braços de Dona Edith, minha saudosa sogra.
Lá se vão 20 anos desde a noite em que meu sogro relatou este acontecido. Ainda que me recordo que as lágrimas irromperam sem que eu, ele e minha sogra pudéssemos evitar.
Pouco tempo depois da morte de Faustino, José foi acometido da mesma doença. O menino piorava a olhos vistos e uma noite, quase sem respirar, fez com que meu sogro fosse correndo até a casa do único médico da cidade, Dr. Kovac, clínico geral polaco. Este médico, homem muito alto e avermelhado, era muito respeitado em Guaraciaba e região. Extremamente competente, cordato e humilde, Dr. Kovak atendeu de pronto a meu sogro e, altas horas, foi ver José e lhe disse que o menino tinha poucas horas de vida. Dr. Kovak, para esperança de meu sogro, disse-lhe que fosse urgente à farmácia local e pegasse com o farmacêutico DUAS ampolas de um determinado soro de 500 ml. Concluiu dizendo que pegasse o remédio enquanto ele iria direto para casa de Joaquim para tentar amenizar o sofrimento do menino.
Noite fria, chuvosa.
Meu sogro foi ventando para a farmácia, acordou o farmacêutico e pediu as ampolas. Por sorte, muita sorte, restava uma de 500 ml. Joaquim correu para a sua casa. Dr. Kovak lhe disse que talvez a dosagem salvasse o menino e instruiu para que meu sogro voltasse à farmácia para pedir ao farmacêutico que revirasse o estabelecimento à procura de mais uma ampola do soro. Era a última mesmo. Meu sogro pegou a ampola de 500 ml, enrolou-a em sua camisa e encostou-a contra o peito como se o remédio fosse nitroglicerina prestes a explodir, sensível a qualquer movimento. Chorando e rezando, par a passo chegou em sua casa. Dr. Kovak aplicou o soro na barriga de José. Não passaram 3 horas e o José voltou à vida, vomitou uma gosma fétida e sorriu para o pai nos braços de Dona Edith, minha saudosa sogra.
Lá se vão 20 anos desde a noite em que meu sogro relatou este acontecido. Ainda que me recordo que as lágrimas irromperam sem que eu, ele e minha sogra pudéssemos evitar.
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