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26/08/2016

Reeditando

ALZHEIMER
Um clarão, uma luz...
Quem sou eu que não me conheço?
Quem é você que me olha e vê
o que eu não sou mais.
Algo me diz que eu te amo.
E se me amas nada me falta
porque você excede em mim.
Quem sou eu agora?
Não importa. Só me importa
o abraço que me envolve de ternura e pranto.
Estou bem agora, meu fllho
meu neto, meu marido.
Seja você quem for, é quente
como é quente o sol e prata
como é prata a lua
dos meus amores.
É doce, muito doce o seu olhar
Mas fico triste sem saber
a quem pertence o gesto
que me distrai a alma.
Sou a princesa de país distante.
E da janela aguardo o teu sonhar comigo.
Então iremos estrada afora
rumo ao horizonte púrpura
com the end colorido.
Nas asas da canção viajo,
derramando pipoca em teu colo
companheiro e amigo.
Às vezes reconheço você a meu lado.
E o meu sorriso é a identidade
deste amor perdido.
Pena que num instante a névoa
já, já devolva às sombras
o meu nome e a quem foi oferecido.
Nada importa mais,
Exceto você aqui a meu lado.
Eu sinto a tua mão amiga
mesmo quando não percebo.
Algo me diz que não estou sozinha.
Estou feliz, nada me aborrece,
exceto esta saudade.
Em algum dos meus guardados
deixei o meu coração
aos teus cuidados.

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