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26/08/2016

Pensando aqui com os meus botões...No meu tempo, faz muito tempo, corresponder com os amigos, parentes, com quem quer que fosse, era através do telégrafo, correios ou telefone(raros).
Estou chovendo no molhado, óbvio. Todo mundo está careca de saber que assim era.
Se por um lado era ruim, porque demorava, por outro era bom porque aguardar o correio era show de bola. Como dizia uma velha empregada de minha mãe: "é bom, mais é ruim. Possa sê, possa não".
Neste mundo sem noção de hoje, pouca coisa se salva e entre elas a tecnologia.
Acabei de desejar bom dia aos amigos e vupt-vapt recebi, de carreirinha, o bom dia de volta. Um blip e na tela do PC lá estava o bom dia do Jorge e do Maurício. Chose de loque, diria um Jô Soares da era do rádio. Coisa do demo, diria a empregada de vô e depois de mãe, a Lourdes.
Olha aí!...mais blips e bons dias pipocando na tela.
Bão, diria Lourdes. Tê amigo é bão. Mais mió é abraçá eles, né não?
Acho que a Lourdes, viva fosse, não acharia graças nestas modernidades. Ela gostava do rádio que vô comprou lá nos longínquos anos 30. Iscuitava de longe, só por garantia. Issu é coisa do demo! Onde já se viu ponhá as pessoa aí drento dessa caxinha. Passu longe!...
Assim era a Lourdes e o Brasil antigo.
Espero viver mais alguns anos a tempo de conviver com os computadores quânticos. Queria!...Zazá, Bebel, Belinha e Manu, minhas netas, sim. As garotas muito provavelmente vão viajar na Web e presencialmente abraçarão amigos e amigas.
Talvez elas não, mas as suas netas sim.
Não duvidem. A tecnologia é sinistra e em progressão geométrica vai fazer coisas do arco da velha. Pena que o velhinho aqui, neste futuro para amanhã, já tenha virado imagem na tela dos PCs milagrosos. Só que o minha imagem vai falar, saltar da tela, bem na frente dos netos, bisnetos, tataranetos ou tetranetos.
Eu e Lourdes lá no céu, espero, porque Lourdes certamente mora lá, diremos: creduiscunjuru.

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