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06/03/2020

ÁTIMO
Um ponto azul flutua a esmo
No breu de uma noite eterna.
Vão lampejo que de si mesmo
compadece e se consterna.
Onde viceja a flor e o espinho,
O amor e o ódio cego e visceral
Indeciso entre os dois caminhos,
Na encruzilhada entre o bem e o mal.
O vazio regurgita estrelas colorindo o céu.
Reluzem as joias na tiara deslumbrante
Compondo a noite em reverente véu.
Eu aqui sozinho, debruçado na janela,
Vivo a vida num segundo alucinante
Riscando a noite como luz de vela

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