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06/12/2019

ESPERANÇA
Passa tempo, me deixa esquecer.
Não chove tarde, já estou nublado.
Adoeço, colo meu nariz, desenho
Meu vazio na vidraça - pálido espelho.
Pobre alma inquita e errante.
Passa brisa.
De minha janela passe longe.
Não baila cortina que danço com ela.
Dança comigo vulto leve.
Passa vida, acaba logo.
Quero as sombras,
Não temo a morte.
Dela distante não tenho
A sorte de enlouquecer.
Passa tristeza, ela vem vindo.
Não é tarde, ainda há tempo.
Quero a vida bem devagar.

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