Páginas

26/06/2018

EXTREMOS
O amor fascina.
Ora dor que esgrima,
florete que mata
com ponta de adrenalina.
Ora beijo lisérgico
em céu de boca purpurina.
Encontros, desencontros,
ciúmes elementais.
Cenas de sangue
em uma rua de canto.
Cerimônias pagãs.
noites de lua e cios,
clareias proibidas.
Amor que quer ser tanto
pode vir a ser tão pouco
quando decai a amesquinhar.
Salve-se então a inocência:
bem me quer, mal me quer.
Se se quer, faça por onde;
Se não quer, resta o bonde
e a vida atropelada
em um bairro do passado.
Na alameda arborizada,
os abutres transeuntes
devoram despojos ao luar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário