Páginas

25/09/2017

Reeditando
ENGANO
A noite me envolve de quietude 
E escravos das horas, a vagar,
Passeio minhas dores amiúde
Distraindo com afeto o meu pesar.
Olho o teu retrato que me olha...
Reviro-me do avesso a procurar
O ferimento que dói e me molha
Escorrendo sangue sem parar.
Apago a luz, saio, já vou indo...
Esqueço a porta aberta e o luar
Ilumina o teu retrato me sorrindo.
Quase volto e me abraço contigo.
No aparador tua foto há de ficar
Enquanto fujo do amor que vai comigo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário