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26/11/2016

TEIA
Tardio dia que foi se pondo
Agourando o horizonte derradeiro.
Finjo que durmo e me escondo,
Não quero ser passageiro.
Quando a aurora me irradia
Penso em pura luz.
Nem ao menos principio
e já não me faço jus.
Aflito, olho o relógio de pulso.
A pressa de viver me escoa
Pela hemorrágica veia.
Sou um inseto avulso,
Presa do tempo que voa
Aprisionando-me em sua teia.

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