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26/06/2016

NOITE
A noite é uma criança,
Eu me debruço na janela.
Alta madrugada avança,
E faço parte dela.
Um cão vadio, um vulto solitário.
Névoa, doentes luzes amarelas.
Horas vadias sem horário,
Trottois de dores e mazelas.
Um suspiro exala-me a alma.
Uma lágrima pende indecisa
E acaba por não acontecer.
Minha solidão enfim se acalma
E por saber-se imprecisa
Fechou a janela e foi morrer.

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