CONTIDO
Pássaro que não voa vive à toa
Escravo do canto que eu não sei.
Pois tudo que vive enjaulado voa
Em mim que só me guardei.
Escravo do canto que eu não sei.
Pois tudo que vive enjaulado voa
Em mim que só me guardei.
Mágoas?... Antes se dessem à brisa
Como o dente de leão.
Venturas?...Raras, e à guisa
De esperança viraram solidão.
Como o dente de leão.
Venturas?...Raras, e à guisa
De esperança viraram solidão.
Retido no escuro quarto
Lamento-me aprisionado
Como o acorrentado cão.
Lamento-me aprisionado
Como o acorrentado cão.
O pássaro me olha, e farto
Da minha autopiedade, ousado,
Se vinga com uma canção.
Da minha autopiedade, ousado,
Se vinga com uma canção.
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