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22/11/2015


MADRUGADA
Vivo a madrugada
pra esquecer o dia
e fazer companhia
à minha solidão.
Namoro estrelas
como quem espera
um cometa raro,
uma estrela guia,
cadente estrela
sem compaixão.
Os meus desejos,
raros lampejos
em uma varinha
sem condão.
Noite após noite
abro a janela,
espio a rua,
fumo um cigarro.
Se tem garoa,
luzes acessas,
halos fantasmas,
mais me entristeço,
me fecho em copas,
não amanhece

meu coração.
Os meus silêncios
reverberam
no vazio.
Adormeço
suando frio.
Noite, tristeza.
Dia, solidão.

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