REMISSÃO
Ama-me com o teu afeto predileto
Como se o primeiro amor que existiu
Fosse contado agora em um novo dialeto
E comovesse a quem nunca se abriu.
Ama-me com um fervor sem sentido
Para o teu incrédulo coração ateu.
Entroniza-me em oratório ou andor florido
E cumpra todas as promessas que prometeu.
Enquanto isto vou por aqui penando
Esquecido no limbo cinzento e pagão
Sem o santo batismo em teu louvor
Quero a eternidade que vai me escapando
A cada culpa, remorso e consumição
Por cada amor que frustrei com desamor.
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