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23/07/2015

REMISSÃO

Ama-me com o teu afeto predileto
Como se o primeiro amor que existiu
Fosse contado agora em um novo dialeto
E comovesse a quem nunca se abriu.

Ama-me com um fervor sem sentido
Para o teu incrédulo coração ateu.                                                  
Entroniza-me em oratório ou andor florido
E cumpra todas as promessas que prometeu.

Enquanto isto vou por aqui penando
Esquecido no limbo cinzento e pagão
Sem o santo batismo em teu louvor

Quero a eternidade que vai me escapando
A cada culpa, remorso e consumição
Por cada amor que frustrei com desamor.



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