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14/07/2015

CRENÇA

O que será de mim quando a porta bater
E eu perceber que você não vai voltar?
O que vai ser de mim se eu morrer
E não souber onde te encontrar?

Vamos nos deitar, eu e a minha tristeza
Que vive a sonhar que você não demora,
Iludindo a si mesma, cheia de certeza,
Que você está por perto e que não foi embora.

Vou engabelar de todo jeito os meus sentidos,
Fazê-los crer que a sua partida eu compenso
Com a certeza de que nunca aconteceu.

Melhor dormir e acalentar o sonho colorido
Cheio de realidade, sem partida e lenço
Manchado de saudade escura feito breu.


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