MANGUE
Minha solidão não tem nome,
Mora em quarto de pensão.
Entre seios de silicone
me aconchego em solidão.
Um cachorro vira latas,
A rua transpira sereno.
Um rufião dá às mulatas
Suas cotas de veneno.
Fecho a janela que range
Um lamento prolongado
Que sempre me doía.
Mau cheiro vem do mangue,
Em meu quarto empesteado
De tristeza e agonia.
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