CONCRETO
Nas brechas do concreto,
em uma avenida poluída,
algo viceja teimoso.
Há de ser um raminho à toa,
talvez uma flor.
Mas teimoso, teimosa, valentes.
Tem amor que é desse jeito:
vitória régia
ou uma flor qualquer.
Então me leve,
Me coloque em uma jarra
enfeitando a sua a sala.
Agua-me com carinho.
Quero apenas ser cor em sua vida.
Deixa-me ser
por algum tempo.
Depois não me importa morrer.
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