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19/05/2019

AUSÊNCIA
Péssima companhia a solidão.
Minha mão tateia o vazio.
Abraço o travesseiro
como uma criança medrosa.
Minha dor sem testemunhas
desaguou um rio.
Alívio.
Na penumbra
um espectro:
teu retrato a assombrar-me.
Viro para o lado.
De mão dadas comigo
uma sombra à luz da vela.
Resta sobreviver viver.
Não sei se vale a pena.

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