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27/07/2018

CULPAS
Insignificantes seriam os meus pecados
Se o sacrifício por eles não fora imenso.
Seriam leves as minhas culpas e fardos
A me emergirem em profano descenso.
Se existem os nove círculos do inferno,
A todos posso percorrer (agonia eterna),
Posto que pequei sabendo-os internos
Em minh'alma a que nada consterna.
Em meu rosto suor fétido e ordinário
Escorre como um sangue pestilento
Que não se coagula e que me exangue.
Se antes não me exemplara o calvário
De que me adianta agora arrependimento,
Condenado à consciência que me aure.

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