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17/06/2017

ALIANÇA
Não aprendi a dizer adeus.
A esperança ainda dorme
Entre os guardados meus
Como um fetiche disforme.
Preciso tocar a vida em frente;
Mentir pra mim, acreditando
Que a esperança agasalhada e quente
É um borracho me aquecendo.
Vou me deitar, é hora de sonhar.
A longa noite é uma criança
Que não tem hora pra acordar.
Se porventura falar teu nome,
Me acorde, faz comigo uma aliança
E ponha nela o meu sobrenome.

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