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23/12/2016

VIGÍLIA
Eu poderia ficar horas a fio
A contemplar-te na janela.
Espero o sol poente e depois o frio
Que me entorpece em sentinela.
Esta vigília teimosa me aquece
E sempre agasalho o meu sofrer.
Minha espera tem um quê de prece
E eu sempre creio antes de morrer.
Pode ser que um dia você me sorria,
Me convide para entrar depressa,
Como se tudo fosse enfim acontecer.
Vou contar as horas, e neste dia
Irei à matriz cumprir minha promessa,
Renovando os meus votos de viver.

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