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20/12/2016

Pensando alto
Acabei de ler um belo texto da amiga Joselina Souza, onde ele estabelece um contraponto entre os horrores da guerra na Síria e o seu despertar ao som da melodia do canto dos pássaros.
Joselina agradece a Deus por estar do lado de cá do mundo, longe do holocausto, da fome, das doenças e da desumanidade.
Daí eu me pergunto porque o mundo está dividido em áreas tão díspares? De um lado o céu e do outro(s) o inferno. No meio, alguns purgatórios e limbos.
Como ninguém passa ileso pelo vale de lágrimas, o Brasil, apesar de aquinhoado com toda sorte de benesses, também recebeu a sua cota de infortúnios.
 Estamos no purgatório, imersos em uma mar de merda. Com titica até o pescoço, nossos políticos fazem marolas e se riem das ondas que ameaçam nos sufocar. São estagiários no vale das expiações e se esmeram em agradara ao chefe tenebroso que, das profundezas, avalia a cada um e faz anotações em seu caderno de capa vermelha.
Entre as inúmeras vidas que lhes caberá até a consumação dos dias, mal sabem os nossos sádicos representantes que reencarnarão na Síria ou no Iraque. Lá serão católicos; farão oposição aos ditadores, serão presos, torturados e mortos com rajadas de AK-47. Ou então serão aprisionados pelo estado islâmico. Serão degolados como frangos e atirados em vala coletiva para a alegria de abutres e urubus famintos.
Não me perguntem como isto é possível. Só sei que é assim. Chicó me disse e a Compadecida confirmou em alguma de suas profecias.
Enquanto isso, os pássaros continuam a cantar e nos despertando para mais um dia.
No terceiro planeta do sistema solar a vida segue e um Mar Vermelho banha as praias do Oriente Médio, beiradas da Ásia e republiquetas africanas. Muito sangue escorre enquanto taças elevam brindes com vinhos nobres no primeiro mundo.
Os contrastes fazem parte do dia a dia. Assim foi, é e será.
Mundo cão.

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