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26/04/2016

TRAVESSIA
Quando eu morrer, que seja sobre uma poesia
Desenhando a iluminura "a" de amor.
Se tremer a pena a doce agonia
Há de me sedar sem nenhuma dor.
Antes que meus olhos turvem e a pupila dilate;
Antes que eu atravesse o temido umbral,
Quero que um último frêmito me arrebate
E teu beijo me atravesse no portal.
Enfim vou conhecer algo bem maior
Do que o amor que te dediquei em vida
Supondo que em vida vivi o paraíso.
Diante Dele vou relatar de cor
Cada dia de minha claudicante vida
Feito um verso manco e impreciso.

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