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29/04/2017

Reeditando


REBELDIA
Vou virar cientista
e inventar uma máquina quântica
que revele as minhas fotos
como se revelava em Atlântida.
Terá sido um sonho?
Não sei quem foi que disse,
só sei que foi assim.
Vou pegar o retrato de mãe
e o de pai também.
Amarelos desbotados,
retratos vincados
do fundo da gaveta
resgatarei.
Depois de mãe e painho
será a sua vez, Maria,
a quem muito amei.
Uma projeção holográfica
à minha frente vai surgir.
Depois reencarnados,
roubados da morte,
a todos abraçarei.

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