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31/01/2017

Reflexões na cela
Ainda outro dia, reuniões para a assinatura de contratos bilionários, jantares em Paris, Londres, Nova York etc e tal. Compras nas lojas mais caras nas principais avenidas do mundo. Bebidas finas, uísques mais velhos do que a Serra da Mantiqueira, jatinhos pra lá e pra cá - enfim, uma vida de marajá, armador grego(?), sócio majoritário de petroleiras, príncipe saudita ou político brasileiro.
Eike que dó do Eike.
Agora sem eira nem beira, sem diploma de curso superior, puxando uma cana dura em Bangu 8.
Voltas que o mundo dá. Só que a volta que a vida deu no Eike foi sinistra. Seu tombo equivale a cair do pico do Everest e dar com a cara no chão sem piso, de terra batida ou de cimento encerado com vermelhão(os mais antigos conhecem este piso antigo, padrão povão).
Se conheço um pouco da natureza humana, doeu tanto quanto a bancarrota e a desmoralização a exposição da lustrosa careca disfarçada com um aplique que deve ter custado os olhos da cara.
O mundo descobriu que Eike é CARECA. Babau segredo certamente guardado a sete chaves.
Alto estima caindo mais do que a bolsa em dia de tempestades econômicas, Eike deve estar um caco.
Agora com cara de adevogado de porta de cadeia, dono de mercadinho de bairro, Eike sonha com dias menos duros em sua cela que recebe um tico de sol.
Eike tá f... e mau pago. E a coisa pode piorar se, de sacanagem, algum colega de cela apelidá-lo aeroporto de mosquito, testa comprida ou pouca telha. Aí o bicho pode pegar e Eike, sem dó nem piedade, pode partir para a ignorância e mandar o coleguinha para o andar de cima.
Tudo tem limite nesta vida. É ou não é, mermão?

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