QUERÊNCIA
Querência caipira:
olhares tímidos, enviesados, de soslaio.
O beijo à distância
jogado com a ponta dos dedos,
a rosa entregue pela vizinha
e o bilhete pelo moleque.
Quero o banco de trás
na missa da sete,
o perdão pela ausência
na sagrada hora.
Quero a trovinha
no auto-falante;
modinha
ressoando na praça.
A lua cheia,
de pique-esconde,
esconde, esconde-se
em nuvem alcoviteira.
Quero o beijo roubado,
a quermesse animada,
a prenda mais cara
e troco miúdo em beijos.
olhares tímidos, enviesados, de soslaio.
O beijo à distância
jogado com a ponta dos dedos,
a rosa entregue pela vizinha
e o bilhete pelo moleque.
Quero o banco de trás
na missa da sete,
o perdão pela ausência
na sagrada hora.
Quero a trovinha
no auto-falante;
modinha
ressoando na praça.
A lua cheia,
de pique-esconde,
esconde, esconde-se
em nuvem alcoviteira.
Quero o beijo roubado,
a quermesse animada,
a prenda mais cara
e troco miúdo em beijos.
Só temos uma saída:
consumar este amor latente,
a explodir no aconchego
desta rede ardente.
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