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28/01/2016

Já tinha me recolhido (chique, não?) quando me lembrei das reiteradas bandalheiras cometidas pelo PT & Associados. Muito puto, pensei em botar a boca no trombone, desopilar o fígado e assentar as minhas baterias contra a corja vermelha.
Deu preguiça. Além da preguiça, bateu desânimo. Mas já que a indignação me tirou temporariamente o sono, resolvi dar uma olhada em desabafos antigos. Encontrei um texto que publiquei o ano passado. Talvez seja polêmico.
Boa parte das inteligência nacional, em nome do estado de direito e das garantias constitucionais, tem tido uma tolerância inesgotável com os desmandos praticados agora à luz do dia. Criticam o impeachment e com um ar superior argumentam contra as medidas de força que a grande maioria da população quer tomar para arrumar a casa.
Acontece que tudo tem limite. Acontece que todos os limites foram superados pela orgia institucionalizada. Ninguém aguenta mais as bofetadas diárias em nossa cidadania.
Chega. Basta. Por muito menos, vários povos se insurgiram e tomaram as suas respectivas Bastilhas.
Desculpem-me a verborragia. Me empolguei. Vamos então a meu texto:
Tiram a Dilma e entra Temer. Mandato tampão. Confusão. Para tudo e o Brasil continua atolado no brejo.
Tudo de novo: mil reuniões, conchavos, acochambramentos. Toma-lá-dá-cá. E o Brasil sifu.
A economia se estropia. A infraestrutura atola. A segurança continua insegura. A educação deseduca . A saúde é internada. O Brasil desce pelo ralo.
Fui universitário nos anos de chumbo, corri da polícia e jamais poderia imaginar que um dia iria pedir arrego aos milicos.
Na época acreditei nas boas intenções dos esquerdinhas e fiz coro com as oposições. Décadas depois, a desilusão. Fernando Gabeira me abriu os olhos quando confessou que a moçada queria mesmo era implantar uma ditadura do proletariado.
Depois de zilhões de escândalos, roubalheiras, malvadezas de corar o capeta, não dá mais.
A corja do PT tem que levar o pé na bunda e ganhar passagens de ida para Cuba ou para os quintos dos infernos.
Os milicos têm que tirar a bunda da cadeira e partir pra cima. Não há outro jeito.
Você pode até não simpatizar com eles. Para mim não fedem nem cheiram. Não podemos negar, todavia, que o pessoal da caserna é honesto; tem senso de organização, além de práticos e objetivos.
Se eles resolverem por ordem na casa, aonde colocar os petralhas & associados? São milhares e milhares.
Aposto que eles vão aproveitar os estádio da copa - estes elefantes brancos - e encher os ditos cujos de vermelhos.
Calma, petralhada. Nossos milicos não tem a verve do Pinochet ou do Videla. E ainda que tivessem, a comunidade internacional não permitiria um tratamento de choque (sem trocadilho).
Os petralhas teriam quentinhas na hora certa, cobertores nas noites frias, banhos em vestiários da seleção e um lindo gramado para esticar as pernas e tomar um revigorante banho de sol.
Se os comandantes me permitem, gostaria de dar os meus palpites. Os petralhas tirariam cadeia em um único e enorme presídio central. Este poderá ser construído nas planícies de Mato Grosso. A corja seria vigiada por uma brigada inteirinha. Neca de celulares, visitas íntimas e outras regalias. Neca de progressão de pena, recursos, liminares, habeas corpus. Advogados podem entrar desde que aceitem revistas ao entrar e sair. O papo com a clientela poderá ser monitorado. Assim, nem pensar em recadinhos para os cúmplices que escaparam momentaneamente das garras da lei.
Uma grande horta, pomar e criação de animais serão providenciados à volta do presídio central. A mão de obra não será problema. O MST, gentilmente convidado, cuidará de tudo. Depois um acordo de cavalheiros MST/PT daria continuidade ao empreendimento agro-pastoril, de modo a dar subsistência aos internos.
Não tenham ilusões, os tribunais superiores seriam depurados e os requisitos para ingresso em cada um deles serão o notável saber jurídico, a reputação ilibada e nenhum vínculo com os partidos que deram sustentação ao vandalismo lesa-pátria.
Em dois anos os milicos convocariam novas eleições. Sem ficha limpa, sem chance. Em tempo, os recolhidos aos costumes só poderão se eleger na próxima encarnação.
A milicada volta pra caserna e a gente pode dormir em paz, com o peito em festa e o coração a gargalhar.

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